É noite. A chuva cai. Chuva ao cair; depois... é sangue. Estou no meio dos lírios gigantes e a chuva fere-me a cabeça... E suspiram os lírios uns para os outros na desolação. De súbito, Selene, rubra, fura a névoa mortal. E os meus olhos detêm-se em grande pedra escura... cinzenta, enebrosa e grande pedra. E cruzo o pântano dos lírios para ler os sinais gravados. Em vão, porém, e retornar pretendo, quando o astro, mais rubro ainda, resplandece. Viro-me, então; a pedra e as letras olho e as letras dizem só: DESOLAÇÃO.
edgar allan poe
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