Uma coisa pode pertencer à vida contemplativa de duas maneiras: essencialmente ou como predisposição. As virtudes morais pertencem à vida contemplativa como predisposição, pois o ato de contemplação, em que consiste a vida contemplativa, fica impedido pelo impulso das paixões e pelas perturbações externas. Pois bem: as virtudes morais refreiam o ímpeto das paixões e aquietam a perturbação originada nas ocupações externas. Portanto, as virtudes morais pertencem à vida contemplativa como predisposição.