Ides ouvir a mais sublime delas (as virtudes), a mais fecunda, a mais sensível, a que pode dar maior cópia de venturas sem contraste. Que eu sou a vaidade, classificada entre os vícios por alguns retóricos de profissão; mas na realidade, a primeira das virtudes. Não olheis para este gorro de guizos, nem para estes punhos carregados de braceletes, nem para estas cores variegadas com que me adorno. Não olheis, digo eu, se tendes o preconceito da Modéstia; mas se o não tendes, reparai bem que estes guizos e tudo mais, lonsre de ser uma casca, ilusória e vã, são a mesma polpa do fruto da sabedoria; e reparai mais que vos chamo a todos, sem os biocos e meneios daquela senhora, minha mana e minha rival. Digo a todos, porque a todos cobiço, ou sejais formosos como Paris, ou feios como Tersites, gordos como Pança, magros como Qui-xote, varões e mulheres, grandes e pequenos, verdes e maduros, todos os que compondes este mundo, e naveis de compor o outro; a todos íalo, como a galinha íala aos seus pintinhos, quando os convoca à reieiçao, a saber, com interesse, com graça, com amor. Porque nenhum, ou raro, poderá afirmar que eu o não tenha alcançado ou consolado.

machado de assis

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