Sofro... Vejo envasado em desespero e lama todo o antigo fulgor, que tive na alma boa; abandona-me a glória; a ambição me atraiçoa; que fazer, para ser como os felizes? Ama! Amei... Mas tive a cruz, os cravos, a coroa de espinhos, e o desdém que humilha, e o do que infama; calcinou-me a irrisão na destruidora chama; padeço! Que fazer, para ser bom? Perdoa! Perdoei... Mas outra vez, sobre o perdão e a prece, tive o opróbrio; e outra vez, sobre a piedade, a injúria; desvairo! Que fazer, para o consolo? Esquece! Mas lembro... Em sangue e fel, o coração me escorre:, ranjo os dentes, remordo os punhos, rujo em fúria... Odeio! Que fazer, para à vingança? Morre!
olavo bilac
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