Senta-se a solidão ao lado meu de noite, ao meio-dia, na alvorada... Contemplo-a, ela a mim, e eu lhe pergunto: de que lugar vens? Fala! De um deserto, responde, de um deserto, imenso nas areias abrasadas; de um bosque cujos pássaros morreram em uma noite longa, interminável... Das ruínas de um templo abandonado, entre as quais a saudade adeja e chora, como as aves feridas e sem ninho buscando o sítio onde morrer caladas. De uma planície que cruzei depressa em triste noite após uma batalha; venho de muito, muito longe... Venho do fundo de tua alma!

juan zorrilla san martin

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