O poeta desenrolou as folhas do seu poema. O jovem rei fixou no poeta os límpidos olhos sonhadores. Era um recanto amável dos jardins de Sintra, junto aos velhos muros que emergiam do arvoredo na manhã trescalante de aromas da serra. Linda manhã do século XVI... Os fâmulos discretamente se afastaram. No silêncio do bosque banhado de sol, os dois homens contemplam-se reconhecendo-se, com a profunda intuição dos predestinados. El-Rei, comovidamente, reconhece o seu poeta, o poeta do seu grémio, o cantor do seu sonho. O poeta, deslumbrado, encontra-se, afinal, diante do seu símbolo, o símbolo vivo, a síntese imortal do grande poema.

plinio salgado

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