Muita infelicidade humana findará quando se desfizer o mito da existência de um tempo medido. Nada acaba, quando se acaba um ano. Quando um ramo seca, novo ramo germina, quando uma certeza tomba na arca das inutilidades, novas doutrinas, tão perecíveis como as perecidas, se esboçam, no rendilhado tecer das efémeras ciências. É durável somente o que faz sentido que se renove ou transforme em cada um dos nossos transitórios dias. (In: Tempus Fugit)