Jesus marcha, arrastando consigo todas as máscaras da Humanidade. O seu sacrifício não é um sacrifício iluminado pela magia dos episódios fantásticos, irreais, ultrapassantes do círculo terreno em que os homens se agitam; ele nada tem de comum com o suplício de Prometeu, a tragédia de Osíris, as aventuras de ícaro, a morte de Quiniros; é um episódio tecido de fatos verossímeis, no plano da realidade em que a Carne e o Espírito se afligem. A Grande Marcha foi descrita por Mateus, Marcos, Lucas e João; mas poderia ter sido narrada por Shakespeare, Dostoievsky ou Balzac, principalmente por Balzac. A sua grandiosidade está nas pequenas coisas. Essas coisas são tão reais, que lemos os evangelistas e temos a impressão de haver conhecido os personagens.

plinio salgado

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