Eu trago dentro dalma um sonho maltrapilho, que vive a mendigar nas portas da Ilusão... Estranho sonho morto sem alcançar brilho e tendo por esquife o próprio coração! Não é sonho, pois. É um fantasma em seu exílio, enchendo com seu pranto a minha solidão, mendigo de carinho e luz que segue o trilho de uma cruel saudade, de uma atroz paixão. Quantas vezes sucede que este sonho triste, todo em prantos me inunda e com calor insiste, que o liberto, afinal, em poemas de amor. Outras vezes, porém, qual poema dorido versos a arrebentar do coração ferido meu pobre sonho explode em lágrimas de dor!
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