Eu conheço Amy Winehouse há anos. Quando eu a encontrei pela primeira vez, perto de Camden [bairro de Londres], ela era apenas uma pirralha em uma jaqueta de cetim rosa, rodeando por bares com amigos em comum, a maioria deles estavam em bandas indie moderninhas ou eram figuras periféricas de Camden, abrindo caminho pela vida com um carisma ineficaz. Carl Barrat [da banda Libertines] me disse que Winehouse [era como eu a chamava, porque é engraçado chamar uma garota pelo sobrenome] era uma cantora de jazz. Achei esse fato uma bizarra anomalia entre aquele povo. Para mim, com meu conhecimento musical limitado, essa informação colocou Amy para além de um invisível limite de relevância; cantora de jazz? Ela deve ser um tipo excêntrico, eu pensei. Conversei com ela, de qualquer maneira. Afinal, ela era uma garota, e ela era doce e peculiar, mas, acima de tudo, vulnerável.
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