Este, que um deus cruel arremessou à vida, marcando-o com o sinal da sua maldição, este desabrochou como a erva má, nascida apenas para aos pés ser calcada no chão. De motejo em motejo arrasta a alma ferida... Sem constância no amor, dentro do coração sente, crespa, crescer a selva retorcida dos pensamentos maus, filhos da solidão... Longos dias sem sol! Noites de eterno luto! Alma cega, perdida à toa no caminho, roto casco de nau, desprezado no mar! E, árvore, acabará sem nunca dar um fruto; e, homem, há de morrer como viveu: sozinho, sem ar, sem luz, sem Deus, sem fé, sem pão, sem lar!
olavo bilac
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