Ei-la de branco vestida, qual bela estátua de neve, que à terra do céu descida, ninguém, nem mesmo de leve, a pôr-lhe os dedos se atreve, por não vê-la poluída! Ei-la! Como é tão bela! Tudo em torno se eclipsa e desmerece. De níveas flores virginal capela a fronte lhe guarnece. Véu nupcial, diáfano e rorante, da cabeça lhe cai, mal encobrindo o escuro alambre da madeixa ondeante, que mais faz realçar o rosto lindo! Assim, vapor aéreo, sem da lua ocultar o disco argênteo, vai deslizando pelo espaço etéreo.
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