Cresce por todo o Universo o estranho rumor. É o clamor do Homem que sofre, nas colónias remotas da Ásia e da África; na estepe da Sibéria, nos Urais e no Cáucaso; nas entranhas do Ruhr ou de Cardiff; nas profundezas das minas de diamantes do Transvaal, das cavernas do ouro do Morro Velho; nos sertões do Brasil, nas salitreiras do Chile, nas galés das Guianas, nos bairros proletários das grandes metrópoles resplandecente* como Babilónias multiplicadas, por toda a superfície do planeta, e nos porões dos transatlânticos e das naves de guerra, armadas para os morticínios... Ê o gemido do Homem, que já não tem trabalho porque & máquina o expulsou das fábricas; que não tem pão, porque na fartura imensa, já não há necessidade do esforço do pária, e as leis vigo-rantes determinam que se tome a mercadoria-trabalho quando ce precise, e se deixe morrer o trabalhador, quando não se necessitar dele.

plinio salgado

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