Caudal ansiosa, rio Paraíba, é pelo mar que o teu marulho anseia. Não há diques a opor-te: vem a cheia e a tua força indómita os derriba! Nesta em que moro solitária riba, que a passagem triunfal te sobranceia, vai-me a vida, igualmente, a estorvo alheia, na conquista do bem, que em sonho iba. Queres o eterno turbilhão do oceano, quero eu a luz sobre o destino humano. Aspiras à descida, eu à escalada. Anseias pelo mar, eu pela Altura, mas, tais no anseio, opostos na ventura, rolarás sobre o mar, eu sobre o nada!
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