As alas do mosteiro percorria frei Luís, imerso na meditação. Lá fora um céu de anil que resplendia as galas da perene Criação I E o monge austero como que revia, no pensamento e cheio de emoção, uma efígie real, não fantasia, alguém que lhe roubara o coração. Abre o peito levando a mão tremente ao bolso interno e dele tira um linho que uma lágrima enxuga, reluzente. Vê-se no lenço, impresso, num cantinho, (obra talvez do infame Lúcifer!) um par de lábios rubros de mulher...
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