O interesse é a alma do amor-próprio, de maneira que assim como o corpo, privado de sua alma, não vê, não ouve, não conhece nada, perde seu sentimento e seu movimento, assim também o amor-próprio, separado, se assim se pode dizer, de seu interesse, não vê, não ouve, não sente e não se move mais. Daí vem que um mesmo homem, que transpõe mares e terras pelo seu interesse, torna-se subitamente apático quando se trata do interesse dos outros; daí vem essa súbita sonolência e essa indiferença que causamos a todos quantos fazemos confidência de nossos casos; daí vem, outrossim, seu rápido acordar quando, à nossa narração, misturamos algo que lhes diga respeito: de maneira que vemos, tanto nas nossas conversas como nos nossos negócios, que, num mesmo instante, um homem desfalece e volta a si, à proporção que seu próprio interesse dele se aproxima ou dele se retira.

la rochefoucauld

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