Fora de portas vive. É silenciosa a modesta vivenda em que ela habita; ali, correu-lhe a vida bonançosa; ali, golpeou-lhe os seios a desdita. Raro de quando em quando uma visita novas lhe traz da vida tumultuosa, e ela, sorrindo a furto, descuidosa, no azul os olhos em silêncio fita. Sozinha e triste a pálida viúva, por essas noites de invernia e chuva a um honesto e feminil labor se entrega. E, alta noite, levanta, em dor sepulta, o olhar, que fixa, e demorado prega no eterno Ausente que um quadro avulta.
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