A grande árvore da língua latina, que circunstâncias felizes fizeram viçar ao bafejo das brisas mediterrâneas, depois de completo um glorioso ciclo biológico, morreu como morrem árvores: escasqueada, broqueada, parasitada, lanhada e, afinal, derrubada pelo bárbaro a manejar inconscientemente o machado da evolução. Mas como árvore que era, morreu perpetuando a espécie nas filhas, esses formosos alporques que constituem hoje a família neolatina. Bela irmandade! Quatro irmãs opulentas de tesouros literários, a lusa, a italiana, a francesa, a espanhola e a mais humildezinha, aquela entalada no frege dos Balcãs, a rumena. E todas bem ensei-vadas, ricas, capazes de, a seu turno, reflorirem em prole magnífica de que sairão as netas da língua latina.

monteiro lobato

Trend Topics(tags)

adorno agua alien alma amigo amizade amor ano anonimo aristoteles bom buda cabo casamento cerveja cinema clarice lispector cola democracia deus dinheiro dor dormir drama drogas educacao energia esp espirito esporte felicidade filhos friedrich nietzsche gandhi guerra hebbel homem humanidade ir isabel allende jornalista liberdade lula mae marques marques de marica melhorar mentira mesa morte mulher mulheres mundo nada nunca padre antonio vieira palavras papel pensamento pizza politica politicos professor prov proverbio proverbio alemao proverbio portugues relogio saco seguranca semana shaw sociedade sol teatro trabalhar trabalho verdade vida xuxa