Se devêramos ter em conta a boa opinião que todos os homens possuem de si próprios, ser-nos-ia impossível tratar dos que se caracterizam pela ausência de personalidade. Todos julgam ter uma, e muito sua. Ninguém adverte que a sociedade o submeteu à operação aritmética que consiste em reduzir numerosas quantidades a um só denominador comum: a mediocridade. Estudemos, pois, os inimigos da perfeição, cegos aos astros. Existe enorme bibliografia sobre os inferiores e insuficientes, desde o criminoso e delirante até o retardado e idiota; existe, outrossim, riquíssima literatura consagrada ao estudo do génio e do talento, coisa sagrada cujo culto converge em manter a história e a arte. Tanto uns como outros, Dorém, não passam de excessões. O habitual não é o génio nem o idiota, não é o talento nem o imbecil. O homem que nos rodeia aos milhares, que prospera e que se reproduz no silêncio e na treva, é o medíocre.

jose ingenieros

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