Fingir ignorar o que se sabe, fingir saber tudo quanto se ignora, fingir compreender o que se não compreende, fingir ouvir o que se não ouve, fingir poder muito mais que o que permitem as forças, possuir a arte de manter como segredo a ausência de qualquer segredo, parecer profundo quando outra coisa se não é senão vazio, oco, representar bem òu mal um papel, espalhar por toda parte espiões e subvencionar traidores, esforçar-se por nobilitar a pobreza de meios pela importância dos objetos, eis aí, o que se chama política.
