A conjura arruina os conjuradores. O monstro executa o pensamento de seus artífices, porém se volta, em seguida, contra eles. As hipocrisias, as dissimulações, as mentiras, os despistamentos, todas as forças das trevas, coordenadas para o efeito preconcebido, aos gastarem-se, atingindo o objetivo, revelam-se num superavit perigosíssimo, porque se tornam uma disponibilidade sem endereço, uma energia dispersa e descontrolada. Tudo o que equilibrava anteriormente os impulsos larvares, os ímpetos sombrios das paixões, era o magnetismo do alvo a atingir-se; ferido este, em cheio, deixa de existir o ritmo ordenador e novas conspirações renascem, num desdobramento trágico. Então, é a ruína invocando as ruínas, ou os sobressaltos despertando sucessivos sobressaltos.

plinio salgado

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