Há duas espécies de relógios. A dos que andam sempre mal, sabendo-o, e disso se vangloriando, e a dos que andam sempre bem... exceto quando neles confiamos. A grande ambição de um relógio deste último tipo consiste em nos inspirar confiança, a fim de que por ele nos guiemos para pegar o trem. Semana após semana, mantém a mais perfeita regularidade. Se percebemos alguma diferença entre tal relógio e o sol, chegamos a crer que é o sol, e não o relógio, que necessita de reparos. Apoiando-nos em tão ingénua confiança, reunimos certa manhã toda a família à porta de entrada, beijamos as crianças, puxamos carinhosamente o nariz do caçulinha, prometemos que de nada nos esqueceremos, dizemos adeus pela última vez, com o guarda-chuva, e vamos à estação... para ali chegar tarde.

j k jerome

Trend Topics(tags)

adorno agua alien alma amigo amizade amor ano anonimo aristoteles bom buda cabo casamento cerveja cinema clarice lispector cola democracia deus dinheiro dor dormir drama drogas educacao energia esp espirito esporte felicidade filhos friedrich nietzsche gandhi guerra hebbel homem humanidade ir isabel allende jornalista liberdade lula mae marques marques de marica melhorar mentira mesa morte mulher mulheres mundo nada nunca padre antonio vieira palavras papel pensamento pizza politica politicos professor prov proverbio proverbio alemao proverbio portugues relogio saco seguranca semana shaw sociedade sol teatro trabalhar trabalho verdade vida xuxa