Cego, em febre a cabeça, a mão nervosa e fria, trabalha. A alma lhe sai da pena, alucinada, e enche-lhe, a palpitar, a estrofe iluminada de gritos de triunfo e gritos de agonia. Prende a ideia fugaz; doma a rima bravia; Trabalha... E a obra, por fim, resplandece acabada; Mundo que as minhas mãos arrancaram do nada, filha do meu trabalho, ergue-te à luz do dia! Cheia da minha febre e da minha alma cheia, arranquei-te da vida ao ádito profundo, arranquei-te do amor à mina ampla e secreta! Posso agora morrer, porque vives! E o Poeta pensa que vai cair, exausto, ao pé de um mundo, e cai vaidade humana! ao pé de um grão de areia...

olavo bilac

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