Esta noite eu tomaria todas as drogas do mundo, beberia todos os oceanos e transaria homens e mulheres até morrer, dilacerado de dor. Esta noite eu faria qualquer coisa, por mais louca e absurda que fosse, pra não sentir este vazio broxante e esta puta angústia, velha e avassaladora. Eu me converteria e cometeria todos os vícios, sobretudo os que aprendi no hospício, e mergulharia fundo na depravação, igual a que praticávamos na prisão. Depois, poderia morrer, sem pressa nem tristeza, porque experimentei o inferno e o paraíso e me redimo em ter feito com o corpo os mais belos poemas que não ousei compor. Por fim, me entregaria a deus e ao diabo, perplexo como o menino que fez arte e jamais conseguiu ser um artista ou o artista que esqueceu de ser menino e de repente descobriu que é tarde.

cairo trindade

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